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[Resenha] O Círculo Secreto - L.J. Smith

Autora: L.J. Smith
Número de Páginas: 255
Editora: Galera Record
Sinopse: 
A história começa quando Cassie se muda da Califórnia para Nova Salém, depois de passar as férias em Cape Cod, e começa a se sentir estranhamente atraída pelo grupo de jovens que domina sua nova escola. Cassie logo é iniciada no Círculo Secreto, uma irmandade de bruxas que controla a cidade há séculos, numa aventura ao mesmo tempo fascinante e mortal. Ao se apaixonar pelo sombrio Adam, será preciso escolher entre resistir à tentação ou lutar contra forças obscuras para conseguir o que deseja – mesmo que um simples passo em falso possa significar a sua destruição. *Primeiro volume da trilogia Círculo Secreto, de L.J. Smith, a criadora do fenômeno mundial e best seller do New York Times, Diários do vampiro que deu origem à série de TV da Warner Vampire Diaries. Livro que deu origem à série de TV Secret Circle!
==Resenha== 

Devo confessar que A iniciação foi uma completa surpresa para mim. Primeiramente, porque antes de ler o livro, eu comecei a assistir a série de TV. Logo fiquei fascinada, mas quem não ficaria?

É uma história emocionante sobre segredos nunca revelados e magia. Tudo o que é preciso para me fazer vibrar.

Antes de iniciar a minha leitura, já estava criando expectativas quanto a esse livro. Expectativas boas e ruins. Boas, devido à série e maravilhosa, e ruins, devido à autora.

Tive uma experiência não muito boa com L.J Smith ao ler Diários de um Vampiro. Sou completamente viciada na série, mas achei o livro totalmente ridículo. Por esse fato, estava um pouco receosa quanto a The Secret Circle.

Mas não poderia estar mais enganada.

O livro começa com Cassie Blake se mudando para Nova Salém. Nada de mãe morta em um incêndio misterioso no livro galera! Ela e sua mãe se mudam para morar com a avó, que está com a saúde meio precária. Assim que Cassie chega à cidade, começa a perceber uma sequência de pequenos fatos assustadores.

Até que a morte de uma garota faz com que Cassie seja iniciada, completando assim o círculo de bruxas do Novo Mundo. Um aspecto interessante é que na série o círculo é composto por apenas 6 membros, enquanto no livro esse número aumenta para 12.

Terra e água, fogo e ar,
Veja sua filha de pé aqui.
Pelo escuro da lua e a luz do sol,
Como eu, que seja feito.
Ao desafio, a prova, e o voto sagrado,
Deixe que ela se junte ao círculo agora.
A carne e os tendões, o sangue e ossos,
Cassie passa a ser nossa.

As personagens mais interessantes a meu ver são Diana e Faye.

Diana é a típica líder nata, a garota certinha que Cassie praticamente idolatra. Ela é a líder do círculo, embora Faye e suas seguidoras discordem disso.
Diana virou-se para os outros do grupo, que estavam em pé em todo o perímetro interno do círculo. ― Nós somos os últimos ―, ela disse a eles. ― Os últimos da geração do Novo Mundo. E se nós não podemos completar o nosso círculo, então tudo acaba aqui. Com nós.

Faye é o tipo certo de garota errada.  Aquela que todos desejam e temem. Adora causar terror na escola e o fogo é o poder com o qual ela mais se identifica.
Faye virou-se para Adam, dando seu sorriso lento, deslumbrante e sedutor. Ela colocou as mãos juntas e aplaudiu. ― Belo trabalho, Adam. Diana passou as últimas três semanas tentando manter a tropa reunida e você estraga com tudo em apenas três minutos. Eu não poderia ter feito melhor.

O único ponto negativo que encontrei no livro foi a falta da ação que estamos acostumados a ver na série. Isso fez com que as coisas ficassem um pouco monótonas. Mas não atrapalhou em nada a minha vontade de ler.

Sem dúvida O Círculo Secreto é uma série bem promissora de L.J. Smith.

Aguardo ansiosamente pelo lançamento do segundo livro!


Kisses Kisses...

Eu Li :: Soul Love


Autor: Lynda Waterhouse
Número de páginas: 206
Editora: Melhoramentos
Sinopse:

Jenna não quer trair os amigos e não revelará o que se esconde por trás de sua expulsão do colégio, assumindo toda a culpa sozinha. Como castigo sua mãe a levou para passar algum tempo com uma tia numa tediosa cidadezinha do interior. É lá que Jenna encontra Gabe, um rapaz autêntico, melancólico e reservado. Completamente diferente de todas as outras pessoas ela conhece. É inevitável: Jenna se apaixona por ele. Será que Gabe é sua alma gêmea? Ele mostra a Jenna a beleza de um céu noturno sem nuvens, escuro, um contraste perfeito para o brilho das estrelas. E, em meio a livros, música, poesia e noites estreladas, o sentimento entre eles se torna cada vez mais forte. Mas Cleo, uma garota antipática que tem uma ligação muito estranha com Gabe, não está gostando nada desse romance. Afinal, ela não quer que ninguém mais saiba o grande segredo de Gabe...
==Resenha==

Soul Love foi um livro que me encantou do começo ao fim. A começar pelo nome. A frase “à noite o céu é perfeito” foi o que me instigou a ler o livro.

Logo no começo já damos de cara com um mistério. E como eu nem sou curiosa, apressei bastante a minha leitura para descobrir logo o que era.

Em Soul Love somos apresentados a  Jenna, uma adolescente de 15 anos que cometeu um grande erro. Mas por lealdade a seus supostos amigos prefere assumir toda a culpa.
Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura. Gostaria de voltar a ser criança – uma garotinha de seis anos que caiu da bicicleta. Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão, me daria um forte abraço e beijaria meu joelho esfolado. Eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar. Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lidar com as dores que não passam com um beijo.

E é assim que ela vai parar na pacata cidade de Little Netherby, onde conhece Gabriel.
Gabe, como prefere ser chamado, possui muitos segredos, assim como Jenna.

Soul Love me chamou a atenção pela intensidade com que tudo acontece. A narração que a autora construiu é tão forte que eu consegui sentir exatamente tudo o que se passava no livro. Devo confessar que chorei bastante no final.

Outro aspecto relevante do livro é a ausência de um final feliz. Isso me encantou. É o segundo livro que eu leio que possui esse tipo de final. Achei interessante, pois a autora saiu do comum. Estamos acostumados com o “E viveram felizes para sempre”, mas as vezes é bom ver o outro lado da história.

Entre noites quentes de verão e observação de estrelas, Jenna e Gabe vão descobrindo um ao outro e acabam construindo um amor tão forte a ponto de derrubar qualquer barreira.
Você sabe que é amor quando está disposta a arriscar tudo pela pessoa. Até mesmo a separação.

Quando peguei o livro para ler, não esperava encontrar um tema tão forte e polêmico. É uma leitura bastante agradável, encantadora e com quotes maravilhosos.

Soul Love com certeza já entrou para a minha listinha particular de livros favoritos!

Espero que leiam e se encantem pelo livro tanto quanto eu!

Beijinhos e até a próxima!


Para todos os amores errados.

Sempre fui geniosa. Opinião forte, do tipo que defende quem ama e não leva desaforo para casa. Quando gosto fica estampado na minha cara. E quando não gosto meu sorriso não sabe usar máscara. Por mais que eu tente não consigo disfarçar. Quando vejo estou fazendo, ainda que sem querer, caras, bocas e caretas. É quase impossível controlar.

Nunca fui de beijar qualquer um. Sempre respeitei minha boca e meus sentimentos. As paixões iam e vinham rápido demais. Não me prendia a ninguém. Gostava do agito, do flerte, da sensação de seduzir, do poder. Acho que toda mulher tem esse lado: a gente quer ser diva, deusa, idolatrada, desejada. Faz parte do universo feminino. Os homens querem conquistar, nós queremos o desejo. A gente quer o desejo deles. Eles querem despertar o desejo. Dupla dinâmica, junta a fome e a vontade de devorar cada pedacinho.

Um dia me apaixonei loucamente. Não era amor, hoje eu sei. E hoje eu sei porque virei outra pessoa. Acho que o amor de verdade faz a gente se encontrar, se aceitar, dizer sim para o outro e para o espelho. Amor inventado, de mentirinha, de momento serve pra gente se transformar em alguém que não é. Difícil entender? Também acho, por isso precisei viver. Como eu já disse, as experiências dos outros nunca me serviram de lição, preciso cair, dar com a cara no paralelepípedo, me ralar inteira. Só assim aprendo, só assim consigo entender todas as partes do quebra-cabeça. Porque a vida da gente é isso: pecinha que junta em outra pecinha. E tudo vai tomando forma, tudo vai fazendo algum sentido (será?).

Então me apaixonei. É, eu tava apaixonada. Naquela época eu escrevia muito, uma necessidade horrenda de colocar tudo pra fora, de fazer ele entender meu quase amor. Eu passei a não fazer as coisas que gostava. Se ele gostava de rock eu gostava de rock. Se ele gostava de Paris ou Renda nas unhas, eu pintava de Paris ou Renda. Logo eu, que sempre gostei de cores escuras. Se ele gostava de morenas eu pintava o cabelo. Logo eu, que tenho a pele clara, sou sardenta e tenho cabelo claro. Se ele não gostava de decotes eu saía na rua vestida de astronauta. E assim fui indo. E um dia me olhei no espelho: cadê eu? Me perdi no meio de tudo, no meio dele, no meio de mim, no meio da história, no meio desse amor de mentira. Aquilo era irreal. Mas meu peito doía. Meu coração chorava. Eu sofria inteira. Inteirinha.

Cada vez que ele dizia vem eu ia. A cada palavra áspera dele eu me tornava mais e mais infeliz. E o pior de tudo é que gostava de ir me afundando nessa infelicidade. Me agarrava em momentos felizes, que eram raros. Só que eram bons. A gente tem a estranha tendência de ficar colada na parte boa. A memória nos trai. É difícil aceitar as coisas como são, colocar na balança e ver: me faz mais mal ou mais bem? O que ganha nessa conta maluca? É difícil tirar os óculos de coração e ver a vida como é, sem tempero, sem sal, sem mostarda, sem gosto nenhum: crua. E eu tinha medo, muito medo de perder ele. Podia me perder, mas perder ele estava fora de cogitação. Enlouqueci. Escrevi cartas. Bilhetes. Liguei. Chorei. Implorei. Pedia pelo amor de Deus, não me trata assim. Pelo amor de Deus, fica comigo. Pelo amor de Deus, me ouve. Pelo amor de Deus, vamos fazer dar certo, juro que pinto as unhas de Renda ou Paris, esqueço o decote, nunca mais falo palavrão, sim, pois moça de família não fala palavrão, nem tem opinião, é mandada pelo homem e acha tudo muito natural, meu senhor. Prometo ser a Amélia perfeita. Prometo não brigar, não ser eu mesma, não ter ataque. Pelo amor de Deus, não me deixa aqui sozinha.

Então ele casou. Com outra. E eu bebi uma garrafa de champanhe inteira. Da boa, porque tomar trago com bebida sem qualidade dá uma dor de cabeça maluca. Eu bebi, chorei, bebi, chorei, chorei e bebi. Tive a fase da raiva, da saudade, dos questionamentos. Por quê? Por que todo mundo tem um amor, um emprego, é feliz e eu sou uma azarada? Por que tem tanta gente cretina no mundo e eu, logo eu, sou tão legal com todo mundo e só me ferro? Por que a vida é tão injusta? Por que tudo que eu faço não dá certo? Depois dessas fases, tive a fase de brincar de estátua. Sim, a gente vira estátua. Não tem muita vontade de sair, de se divertir, de rir, de brincar, de nada. Normalmente é aquela fase das músicas bregas e filmes de chorar. Se é pra sofrer que seja com elegância, nada de limpar o nariz e secar lágrimas com papel toalha, vamos usar lencinho de papel. É mais suave e não irrita o nariz.

Demorou um tempo, mas passei a me enxergar. Primeiro, comecei a me valorizar mais. Segundo, fiz as pazes com meu espelho. Terceiro, descobri que quem me ama tem que gostar de cada pedaço podre meu. Eu tenho, você tem, todo mundo tem. A gente ama quando aceita o lado ruim do outro. Aceitar as qualidades é tão fácil. Na hora de conviver com cada defeito o bicho pega. E pega de jeito. Vi que não posso querer agradar. Vi que a minha melhor amiga sou eu. Vi que quem gosta de mim tem que me aceitar. A palavra é essa: aceitação. E pra começar qualquer coisa a gente precisa ter orgulho de quem é. Quando eu aceitei tudo isso e me encarei de frente, encontrei um barbudo de olhos verdes. Ele se transformou no amor da minha vida. E também não gosta de Paris ou Renda. Sorte a minha, sorte a nossa.

Clarrisa Corrêa